segunda-feira, 25 de julho de 2011

SPU: Superintendente reclama de perseguição

Por: Bahia Notícias
Ana Lúcia Vilas Boas reclama que sua demissão teria sido motivada por questões políticas
Exonerada por improbidade administrativa e uso do cargo para obtenção de benefícios pessoais, a ex-superintendente do Patrimônio da União na Bahia (SPU-BA), Ana Lúcia Vilas Boas reclama que sua demissão teria sido motivada por questões políticas. Ela estava no cargo há oito anos e foi exonerada na quinta-feira (21) pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A petista é investigada pelo Ministério Público Federal por supostas irregularidades em contratos firmados pela Petrobras e Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Fapex), bem como em termo de ajustamento de compromisso entre a Petrobras e a SPU, para execução do projeto "Recadastramento do Patrimônio da União na Cidade de Salvador", firmado em 2004. Em entrevista ao jornal A Tarde, ela destaca que o engenheiro José Vieira, funcionário da SPU-BA, atualmente lotado em Brasília, teria denunciado os supostos crimes em 2007, mas o processo foi arquivado por falta de provas. "As denúncias foram apuradas pela SPU Nacional, pela CGU e TCU. Como não havia comprovação de irregularidades o processo foi arquivado. No ano passado, esse servidor pediu a reabertura do processo e, agora, a área jurídica do Ministério do Planejamento, sem nenhum elemento novo, desarquiva o processo, julga e dá nova sentença", reclama Ana Lúcia, que disse não ter tido “amplo direito de defesa”.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

NOTA DE REPÚDIO - Destituição de Ana Lúcia Vilas Boas (SPU/BA)

A Secretaria de Mulheres do PT vem a público formalizar veemente repúdio à decisão que resultou na publicação da Portaria nº 238, de 20 de julho de 2011, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que penalizou arbitrariamente a senhora Ana Lúcia Vilas Boas, até então Superintendente do Patrimônio da União na Bahia (SPU/BA), com a destituição do cargo em comissão, sem respeitar princípios garantidos na Constituição Federal.

Foi uma desagradável surpresa a citada Portaria, a qual pegou desprevenidos (as) todos (as) da Bahia, inclusive a própria interessada, que por oito longos anos geriu com excelência suas atividades no Órgão.

Seriedade, responsabilidade e compromisso ético foram elementos sempre presentes na gestão, em especial, na incansável labuta de promover a função social de cada imóvel pertencente a União. Portanto, não é justo, tampouco humano, manchar uma trilha de luta e força de trabalho a enquadrando como ímproba em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD nº 04905.005605/2006-58) já julgado e arquivado, inclusive pelo Tribunal de Contas da União, que não verificou qualquer irregularidade.

Foram atropelados os princípios da ampla defesa e contraditório, previstos no art. 5º, inciso LV da Carta Magna, cujo teor prima pela ciência bilateral das partes e pela possibilidade de tais atos serem contraditados com alegações e provas. O que não ocorreu neste ato.

Percebe-se, de logo, que a forma como se procedeu todo o rito  visa, tão somente, satisfazer vaidades pessoais e interesses individuais e grupais, em desrespeito a profissional, ser humano e MULHER, que é a ex-superintendente.

Por estas e outras razões, a Secretaria de Mulheres do PT reafirma a posição contrária a qualquer movimento ou ação que resulte na injustiça, demérito e venha a depreciar a figura da mulher na sociedade, ainda mais no caso destas que, na condição de gestoras públicas, primam pelos princípios de defesa dos direitos das mulheres.

Salvador, 22 de julho de 2011

Secretaria de Mulheres do PT-BA